Walsh: A terrível história que deve nos fazer pensar duas vezes antes de dar drogas psiquiátricas para crianças

Texto de Matt Walsh.

Eu mal consigo escrever essa frase: na semana passada, uma menina de nove anos se enforcou. Seu nome era Maddie Whittsett. Ela estava na quarta série.

Seus pais contam que Maddie voltou da escola naquele dia de bom humor, aparentemente animada por ir comer no Chick-fil-A. Mas quando a mãe de Maddie foi até seu quarto para lhe dizer que estava hora de ir, encontrou a criança pendurada dentro do armário. Não se pode nem sequer contemplar o horror de tal cena.

Acontece que Maddie Whittsett sofria frequentemente com bullying na escola. Ela havia sofrido uma rodada especialmente agressiva naquele dia em particular, de acordo com um de seus amigos. Sem dúvida, esse fato provavelmente tem algo a ver com o suicídio. Mas sua família suspeita que algo mais poderia ter desempenhado um papel: medicação para TDAH. O padrasto de Maddie relata que ela tinha acabado de começar a tomar um novo medicamento para Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Um dos efeitos colaterais listados na bula da droga é “pensamentos suicidas”.

Nunca saberemos com certeza o que estava acontecendo dentro da mente de Maddie naquele dia, mas foi uma coincidência ela começar a tomar uma droga que causa pensamentos suicidas bem antes de cometer suicídio? Seus pais não pensam assim, e quem pode discordar deles? O suicídio de uma criança pequena certamente parece, intuitivamente, algo que deve ser causado por uma força externa, um agente de fora de algum tipo. Crianças dessa idade não deveriam ter ideias de suicídio em seu radar em nenhum lugar. Eles nem deveriam saber o que é. Claro que é um choque terrível para qualquer um tirar a própria vida. Mas uma criança de nove anos? Como é possível?

Infelizmente, histórias como a de Maddie são muito mais comuns do que costumavam ser. Estudos mostram que o número de crianças que tentaram ou contemplaram se suicidar dobrou na última década. Este é um fenômeno multifacetado que não pode ser atribuído a nenhum fator isolado. Acho que cometemos um erro, no entanto, quando atribuímos ao bullying e nem tentamos considerar quais seriam os outros fatores. Crianças sempre sofreram bullying. E elas nem sempre cometeram suicídio a uma taxa tão alta quanto agora. Algo mais está acontecendo.

Como a taxa de suicídio entre as crianças aumentou exponencialmente, o mesmo aconteceu com o número de crianças que receberam prescrição de drogas psiquiátricas. Existem atualmente mais de 7 milhões de crianças em algum tipo de medicação psicotrópica, e mais da metade delas estão sendo tratadas para TDAH. A correlação não prova a causalidade, mas não haveria correlação suficiente aqui para nos tornar excessivamente cautelosos sobre medicar as crianças com essas coisas? Há uma razão pela qual as empresas farmacêuticas listam “pensamentos suicidas” como um efeito colateral. Há uma razão pela qual as autoridades de saúde no Canadá ordenaram que os avisos de suicídio sejam mais veementes e claros.

Os defensores dessas drogas alegarão que não se pode estabelecer uma conexão direta entre drogas psicotrópicas e comportamento violento ou suicida. Isso é verdade. Sabemos que as drogas podem deixar uma marca duradoura nos cérebros em desenvolvimento das crianças, mas não sabemos exatamente que tipo de marca podem deixar, ou por quanto tempo vai durar, ou como exatamente se manifestará. Como o psicólogo e pediatra Ronald Brown adverte, “há muito mais uso de drogas psicotrópicas em crianças do que há dados pesquisados sobre isso”. Essa falta de dados é motivo mais do que suficiente para evitar dar essas pílulas aos nossos filhos. Se não sabemos profundamente o que podem fazer a uma criança, como interage com seu cérebro, como pode mudá-la, como pode machucá-la ou ajudá-la, então o único caminho ético e prudente é o de ter extrema cautela.

Extrema cautela não é o que estamos vendo vir das empresas farmacêuticas e das instituições de medicina. As drogas continuam sendo produzidas e empurradas garganta abaixo em nossos filhos, ao mesmo tempo em que emitem garantias absolutas de que são remédios perfeitamente seguros. Seguro? Pode até fazer um aluno de quarta série considerar suicídio – mas é seguro? Poderia até alterar sua personalidade, deixá-la com raiva, torná-la agressiva, provocar alucinações – mas é seguro? Eu poderia argumentar que qualquer droga que pudesse colocar pensamentos na cabeça de uma criança é, por definição, insegura. Especialmente porque um pensamento é uma função da mente, da consciência, e ninguém na Terra realmente sabe exatamente como a consciência se relaciona com o cérebro. Ninguém sabe exatamente como as reações químicas no cérebro podem produzir algo como um pensamento. Médicos e empresas farmacêuticas estão aventurando em uma arena que nem ao menos conseguem entender totalmente.

Devemos perceber que o suicídio na infância é apenas um dos fenômenos horríveis e cada vez mais comuns que podem estar ligados às drogas psiquiátricas. Os tiroteios em massa é outro. Dezenas de ataques violentos nas escolas foram realizados por jovens, que estavam sob ou haviam retirado as drogas psiquiátricas. E não apenas jovens. O atirador de Las Vegas tomava drogas para ansiedade. O atirador do cinema no Colorado estava sob antidepressivos. Era sabido que o atirador de Charlston tomava uma droga chamada Suboxone. O atirador da Virginia Tech estava sob drogas psiquiátricas. E a lista continua.

Os medicamentos prescritos podem ser responsabilizados por qualquer um desses ataques? Claro que não. Mas não acho que seja inteiramente incidental que tantos atiradores em massa estavam usando drogas psicotrópicas. E não acho que seja acidental que Maddie Whittsett tenha cometido suicídio enquanto tomava uma droga que poderia levar uma criança a pensar em suicídio. Existe uma conexão aqui, uma conexão muito óbvia. E as empresas farmacêuticas sabem disso. E os médicos também. E é hora de começarmos a responsabilizá-los.

Você pode ler o artigo no Daily Wire

Matt Walsh é escritor, palestrante, autor e uma das vozes jovens mais influentes da direita religiosa. Ele é conhecido por abordar com ousadia os assuntos difíceis e falar sobre fé e cultura de uma maneira que se conecta com sua geração e além. Você pode segui-lo no Twitter em @MattWalshBlog e no Facebook em https://www.facebook.com/MattWalshBlog/.

Tradução: Lia Beatriz Fleck

6 comentários em “Walsh: A terrível história que deve nos fazer pensar duas vezes antes de dar drogas psiquiátricas para crianças

  1. Justin Hamilton

    Long time supporter, and thought I’d drop a comment.

    Your organization’s wordpress site is very sleek – hope you don’t mind me asking what theme
    you’re using? (and don’t mind if I steal it? :P)

    I just launched my small businesses site –also built in wordpress like yours– but
    the theme slows (!) the site down quite a bit.

    In case you have a minute, you can find it by searching for “royal cbd” on Google (would
    appreciate any feedback) – it’s still in the works.

    Keep up the good work– and hope you all take care of yourself during the coronavirus scare!

    ~Justin

    • Delírio da Depressão Autor do post

      Hi Justin the theme is one press.
      I’ll look at your website, I’m very interested in CBD.
      I’m not scared of Corona virus, I’m scared of what comes after it…
      Take care.

  2. Alex

    You can certainly see your skills in the work you write.
    The arena hopes for more passionate writers like you
    who are not afraid to mention how they believe.
    At all times go after your heart.

Comentários estão fechados.